Capítulo 4 - Discussão

Megan lembrou-se imediatamente que havia marcado de ir ao cinema com Jen, e os ingressos haviam sido comprados com antecedência. Ficara tão distraída na conversa com Vince que se esquecera do compromisso com amiga.
- Jen? O que... O cinema! Nossa amiga mil desculpas!
- O que deu em você Megan? Furar comigo desse jeito sem dar a menor satisfação? Eu fiquei uma hora na porta do cinema! Então decidi vir aqui porque fiquei preocupada, achei que você pudesse estar doente. Mas quando cheguei seus pais me disseram que você passou o dia fora!
- Eu... Nem sei o que dizer... Me perdoa, por favor! Eu sei que eu vacilei, mas não fiz por mal!
- Vacilou mesmo. O que estava fazendo que era tão importante a ponto de fazer você se esquecer do nosso compromisso?
- Jen você é minha melhor amiga, não quero brigar com você. Podemos esquecer essa bobagem?
- Não é bobagem! Você não me ligou, não explicou, não fez nada! Se eu não tivesse vindo aqui você não teria nem se lembrado!
- Foi sem querer! O que você quer que eu dia para você me perdoar?
- Só me diz o motivo. Onde passou a tarde e por que não foi ao cinema.
- Eu... Não posso...
- Sou sua melhor amiga não sou? Pode falar tudo comigo!
- Tudo menos isso... Desculpe.
- Se não pode me contar, não é tão minha amiga assim né Megan?
- Quer saber Jeniffer, para mim já deu! Você está fazendo tempestade em copo d’água! Deixa de ser exagerada!
- Exagerada eu? Você que é uma péssima amiga! Cansei de você! Tchau mesmo!
- Já vai tarde!
            Jeniffer saiu batendo a porta e Megan foi para o quarto pisando duro. Ambas estavam muito chateadas, afinal era amigas desde os sete anos e nunca haviam brigado daquele jeito.
            Megan sentiu-se mal por não poder contar toda a verdade, mas mal sabia ela que Jeniffer também escondia um segredo.

Capítulo 3 - Um Garoto Diferente

No dia seguinte ao da festa, Megan decidiu pegar o livro de feitiços que ganhara dos pais e caminhar pela floresta para praticar. No caminho, ouviu o barulho de algumas folhas e galhos se mexendo. Logo depois viu um vulto correndo em meio às árvores. E não se parecia com nenhum animal que ela conhecia.
- Quem está aí? – perguntou – Quem é você?
A garota começou a correr enquanto a criatura a perseguia cada vez mais rápido. De repente, tropeçou numa pedra e caiu. A figura então se aproximou. Era um rapaz bonito, com olhos verdes e pele branca como papel, que olhava para ela como um animal feroz olha para sua presa antes de devorá-la. Megan gelou e começou a tremer, enquanto o medo tomava conta de seus pensamentos. O garoto inclinou-se sobre seu corpo e cheirou seus cabelos. Logo depois, endireitou-se, com uma expressão de decepção em sou rosto.
- Alarme falso... – disse enquanto estendia a mão para ajudar Megan a se levantar. – Você está bem?
- Sim, obrigada. Mas você pode me explicar o que foi isso? Faz ideia do susto que você me deu?
- Calma, não vou te machucar.
- Agora eu sei disso, mas porque você me perseguiu? Aliás, quem é você?
- Meu nome é Vincent. E o seu?
- Megan. Não sei se posso dizer que é um prazer te conhecer, Vincent.
- Pode me chamar de Vince. Você é uma feiticeira não é?
- Vo-você sabe? O que vai fazer comigo?
- Relaxa, eu também faço parte do mundo mágico. Sou um vampiro. Te persegui porque achei que você fosse uma de minhas presas. Estava caçando.
- Você mata pessoas?
- Não! Acha que sou alguma espécie de assassino? Eu me alimento de criaturas das Trevas.
- Que tipo de criaturas?
- Basicamente anjos negros. O sangue deles fortalece os vampiros.
- Eu por acaso tenho cara de anjo negro?
- Não, mas eles se disfarçam de humanos e se escondem na floresta à espera de vítimas. Por isso, tive que checar se você não era um. Chega de perguntas agora Megan?
- Só mais uma... Como você soube que eu não era um?
- Seu cheiro. Feiticeiros tem um cheiro característico. E não, você não fede. É mais como um aroma de baunilha, mas somente vampiros percebem.
- Mas eu nem perguntei se o cheiro era ruim!
- Eu sei. Li seus pensamentos.
- Ah, entendi. Não faça isso de novo tudo bem?
- Pode deixar! – Respondeu Vincent depois de uma leve gargalhada.
Megan ficou fascinada por ele. Era bonito, muito bonito e tinha um sorriso que a deixava quase hipnotizada. Conversaram a tarde toda, e quanto mais ele falava de suas aventuras como vampiro, mas ela se encantava.
O papo estava tão bom que eles perderam a noção do tempo, e quando Megan chegou em casa, quase de noite, encontrou Jeniffer furiosa esperando por ela.

Capítulo 2 - A Festa (Parte 2)

- Você ainda não tem poderes. Essa noite você os receberá. Todos os feiticeiros recebem seus poderes em seu 18º aniversário, e as regras não permitem que ele ou ela saiba o que realmente é antes dessa data. – explicou o Sr. Brooks
- Por isso não me contaram antes...
- Se tivéssemos contado antes seria perigoso para nós. Quando um feiticeiro descobre o que é na hora errada, as chances de ele contar aos mortais são maiores. – disse sua mãe.
- Mas o que aconteceria se um mortal descobrisse? – Indagou Megan
- Começaríamos a ser perseguidos pelo governo e nossa, digamos, espécie, estaria em risco. – a voz de seu pai era preocupada
- Caramba, isso de ser feiticeira parece ser tão complicado. Estou zonza com tanta informação. Me respondam uma coisa... O que vai acontecer quando recebo meus poderes? Quer dizer... As pessoas vão perceber?
- Claro que não. Além de você, apenas eu e seu pai vamos perceber.
- E quando vai acontecer?
- Exatamente às 20h. Mas não fiquei preocupada, é rápido e indolor – disse o Sr. Brooks, tentando amenizar a ansiedade da filha
Mas era tarde demais, Megan já estava apavorada. Não pela transformação em si, mas pelo que viria depois. E se ela não soubesse controlar a magia e fizesse algo errado ou perigoso com ela? Sua cabeça girava. Ao mesmo tempo em que estava com medo, sentia-se animada ao imaginar as coisas fantásticas que ela seria capaz de fazer quando tivesse seus poderes.
Estava imersa em seus pensamentos quando foi interrompida por Jeniffer:
- Meg? O que você está fazendo aí? Tá tudo bem?
- O quê? Ah é você Jen. Eu estava só admirando a lua.
- Vem pra festa, tá tocando a sua música preferida! Vamos dançar!
A garota resolveu então se divertir com a melhor amiga e aproveitar a festa até que chegasse “a hora”, porém não conseguia parar de pensar na conversa que tivera com os pais. De repente perguntou-se quantas horas seriam e olhou para o relógio prateado em seu pulso: já eram 20h!
Naquele momento ela começou a sentir algo estranho, como uma onda de energia subindo por seus pés e chegando a sua cabeça. Preocupou-se em não parecer estranha para as pessoas ao seu redor, mas aquela sensação tomou conta de seu corpo e por alguns segundos Megan sentiu como se estivesse flutuando.
Porém, em instantes ela se viu parada na pista de dança e todos agiam normalmente, como se nada tivesse acontecido. Mas ela sabia que estava diferente. Sentia-se mais forte, mais viva, mais poderosa. E acima de tudo, ainda mais curiosa para saber o que se escondia na floresta.

Capítulo 2 - A Festa (Parte 1)

Três dias se passaram, era sábado, dia da grande festa. Pela manhã, Megan viu pela televisão, enquanto tomava seu café da manhã, que um novo ataque ocorrera. Ninguém havia morrido, mas as vítimas, duas garotas que aparentavam ter uns 14 ou 15 anos, estavam em choque, incapazes de descrever o que as perseguira no bosque enquanto faziam um piquenique. Apenas insistiam ter visto um vulto humano e logo após, algo grande e peludo.
            Tal acontecimento atiçou ainda mais a curiosidade de Megan. A garota teve que se conter para não sair de casa naquele momento e correr em direção à floresta. Não podia fazer nada. Não agora. Não no dia do seu aniversário.

Anoiteceu e Megan seguia para a festa ao lado de Jeniffer. As duas estavam radiantes, com lindos vestidos, maquiagem especial e cabelos arrumados. Quando chegaram ao local do evento a Sra. Brooks veio recebê-las:
- Filha, estamos todos te esperando, por que demorou tanto? Venha ver como a sua festa está linda!
Megan ficou surpresa ao entrar no salão. A decoração era encantadora. A cor predominante era lilás, a sua favorita e sobre cada mesa havia um lindo arranjo de flores brancas. Ela estava encantada.
- Você é maluca?
- Não gostou Meg?
- Tá brincando? Isso aqui está incrível! Você exagerou mãe! Para que tudo isso?
- Bem, acontece que tem uma coisa sobre a nossa família que você ainda não sabe. E está na hora de te contarmos. Vá para o jardim enquanto chamo seu pai.
- Que papo estranho! Mas tudo bem, espero vocês dois lá fora.
Enquanto Megan esperava seus pais, começou a observar o trecho da floresta que ela podia avistar do ponto em que estava. De repente, ela avistou um vulto que passava tão rápido por entre as árvores que ela mal conseguia acompanhar. De repente a figura parou e ela pode avistar uma pessoa. Um rapaz mais especificamente. Como um ser humano poderia correr tão rápido? Será que aquilo era real ou ela estaria impressionada demais com os últimos acontecimentos? Megan estava se fazendo essas perguntas quando seus pais chegaram:
- Megan, precisamos conversar.
- Me chamaram de Megan? Então o assunto é sério...
- Sim, é sobre uma coisa que vai mudar a sua vida.
- Digam logo, estou ficando nervosa!
- Filha, é que eu e seu pai, bem, nós somos diferentes dos outros pais – disse sua mãe.
- Como assim diferentes?
- Somos feiticeiros. – completou o pai
- Feiticeiros? Tão de brincadeira né?
- Não filha, é verdade! Sabíamos que ia ser difícil para você entender...
- Se vocês são feiticeiros, por que eu não sou então? – Nesse momento Megan estava extremamente confusa
- Você é! – Disseram os dois
- O quê?! Como assim? Eu... Eu não tenho poderes nem nada! E vocês têm?
- Temos, mas nunca usamos na sua frente. Olha,vou te mostrar.
Usando a ponta do dedo a Sra. Brooks escreveu “Megan” no céu, movendo as estrelas. A garota olhou para aquilo boquiaberta, sem conseguir acreditar no que via.
- Tá bom, agora eu acredito. Mas por que mantiveram isso em segredo todos esses anos? Por que esperaram tanto para me dizer? E por que EU não tenho poderes?


CONTINUA...

Capítulo 1 - O Primeiro Assassinato

            Megan vivia em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, onde levava uma vida bem tranquila. Sempre acompanhada por Jeniffer, sua melhor amiga, nunca fazia nada extraordinário.
            Seu 18º aniversário estava chegando, e com ele, a festa que seus pais estavam planejando havia meses. Não é que ela não gostasse de festas, mas achava que eles estavam exagerando, afinal era apenas mais um aniversário. Mas, depois de muita insistência de sua mãe, saiu com Jeniffer para comprar uma roupa nova. No caminho, começaram a conversar sobre a comemoração:
- Não entendo porque meus pais estão dando tanta importância para o fato de eu estar completando 18 anos – disse Megan
- Ah Meg, deixa disso, curte a festa!
- O problema não é a festa Jen. Eu só não entendo o que é que tem demais nisso.
- Deve ser coisa deles né? Vem! Eu vi um vestido lindo naquela loja! – Disse Jen, puxando Megan pelo braço.
Estavam ambas distraídas com as roupas e ouvindo as opiniões e palpites intrometidos da vendedora, quando ouviram o barulho de uma sirene de polícia. Saíram para ver o que estava acontecendo e deram de cara com uma multidão indo na direção da delegacia, do outro lado da rua. Então, decidiram aproximar-se para descobrir o motivo da confusão. Na porta da delegacia havia uma mulher chorando, algumas pessoas a consolando e um grande grupo conversando com o delegado, ao qual as garotas se juntaram.
- O que houve? – perguntou Jeniffer, sempre curiosa
- Um garoto foi morto na floresta. Uma espécie de animal o capturou enquanto acampava.
- Que tipo de animal? – dessa vez a curiosidade era de Megan
- Não sabemos ao certo. Deixou marcas de mordida no corpo do garoto, mas não encontramos rastros. Somente pegadas humanas.
- Provavelmente do próprio garoto, não é? – Jen opinou
- Não exatamente. Algumas delas foram feitas por pés descalços, e ele usava tênis quando foi encontrado.
- Poderia ter tirado os sapatos. – disseram em coro
- Pensamos nisso, mas analisamos os pés dele e não havia sinais de grama ou terra. Então temos um mistério em nossas mãos, já que a mãe do garoto garantiu que o filho foi acampar sozinho.
- Nossa isso é apavorante! – espantou-se Jen
- Mas intrigante... – Megan parecia se interessar pelo caso
- Vem Meg, é melhor a gente não se envolver com isso. Pode ser perigoso.
- Tem razão, mas que eu fiquei curiosa, isso fiquei. Que tipo de criatura pode ter feito isso? Além do mais, algo assim ameaça toda a cidade!
- Até concordo, mas não é tarefa nossa investigar essa... Coisa!
- Verdade. Melhor deixar por conta da polícia.
As duas continuaram andando em direção às lojas, mas Jennifer mal sabia o que se passava na cabeça de Megan. Ela estava realmente interessada em descobrir que tipo de criatura matara o garoto. Não sabia o motivo, mas se sentia realmente atraída pelo caso. Estava decida a investigar por conta própria depois que a grande festa passasse. E o mais estranho era que ela não sentia medo do que pudesse acontecer.

A mais nova web-série!

Hello gente! Como já deu para perceber, O Diário de Cissa já não existe mais né? É que eu tava sem idéias e tava achando a história meio sem graça, então mudei totalmente o blog. Agora esse blog vai ser uma web-série inspirada na saga Crepúsculo, misturada com idéias minhas, chamada Monsterville. É a história de Megan, uma garota americana que, ao completar 18 anos, descobre que é uma feiticeira. E na mesma ocasião, criaturas bem peculiares começam a atacar as pessoas de sua cidade. O que acontecerá a seguir, vocês só saberão lendo a história. Espero que gostem! Beijinhos!